segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

A conversão de Saulo

“Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. (At 9:4-5).

Estevão tinha grande sabedoria pois falava através do Espírito de Deus, e com isso alguns escribas e homens da sinagogas o invejaram. Estes homens pagaram testemunhas falsas para que mentissem, dizendo que ouviram Estevão blasfemar. Durante o processo de sua acusação, ele argumentou em sua própria defesa, defendendo a veracidade das escrituras desde Abraão até Davi e Salomão, e a reconstrução do templo. E concluiu, chamando os acusadores de “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo, assim vós sois como vossos pais” (At 7:51). Estes homens ouvindo isso ficaram enfurecidos. Estevão foi expulso da cidade e apedrejado. Antes de morrer Estevão viu o céu aberto e Jesus a direita de Deus, e pediu ao Senhor que recebesse o seu espírito, e que perdoasse os pecados do povo que o apedrejava.

Ocorreu que as testemunhas do apedrejamento depuseram as vestes de Estevão aos pés de um homem chamado Saulo.

Saulo tinha como profissão perseguir e matar cristãos. Após a morte de Estevão ele se dirigiu ao sumo sacerdote pedindo cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela “seita” (fossem homens ou mulheres), os conduzisse presos a Jerusalém.

De acordo com as escrituras, Saulo segui a caminho da cidade e, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. A ponto de fazê-lo cair com o rosto em terra e ouvir uma voz que vinha do alto dizendo “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9:4). Naquele momento Saulo perguntou quem era que falava com ele. Como resposta ele ouviu “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:5).

Consta que ele, tremendo e atônito, perguntou a Jesus o que Ele queria que fosse feito. Então, Jesus orientou que ele se levantasse e entrasse na cidade, e lá seria dito o que ele deveria fazer. Os homens que estavam com ele pararam espantados, ouviam a voz, mas não viam ninguém. E Saulo se levantou, abriu os olhos, mas não conseguia ver. E foi guiado pela mão, sendo conduzido dessa forma até Damasco. A passagem bíblica relata que em seu processo de conversão, Saulo passou três dias sem ver, não comeu nem bebeu.

Havia um discípulo que morava naquela cidade chamado Ananaias, e foi dada a ele uma  visão do Senhor, para que ele se levantasse e fosse a uma rua chamada Direita, e perguntasse, na casa de Judas, por um homem de Tarso chamado Saulo, pois ele estava orando, e também tinha uma visão que um homem chamado Ananias punha sobre ele a mão e ele tornava a ver.

Ananias chegou a perguntar ao Senhor, que ouviu a respeito deste homem e do mal que ele fazia aos santos de Jerusalém, e ouvira também que ele tinha poder por parte dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o nome do Senhor. Ananias obedeceu a ordem do Senhor pois recebeu a seguinte resposta: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (At 9:15-16).

E assim foi feito. Ananias foi, entrou na casa onde estava Saulo, e impôs as mãos nele, dizendo “Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo” (At 9:17).

Imediantamente caíram escamas dos seus olhos e recuperou a vista, se levantou e foi batizado. Comeu, foi confortado, passou alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco. E a partir daí  passava nas sinagogas e pregava a Cristo, afirmando que este é o Filho de Deus.

Muitos ficaram atônitos com a conversão dele, por muitas vezes teve de fugir para não ser morto pelos sacerdotes e no início, quando procurava estar junto dos discípulos, muitos o temiam não crendo que fosse discípulo.

Saulo era o nome judaico de Paulo, que é mais conhecido por seu nome romano oficial. Como nasceu na cidade romana de Tarso, e possuía cidadania romana, é chamado “Paulo de Tarso”.


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