Penso  que comemorar o Dia dos Avós significa celebrar a vida em mais uma  oportunidade de troca que chega assim, de graça, sem os incômodos da  gestação, sem dor de parto, sem a fragilidade do puerpério, sem as  responsabilidades vividas como pais. É mais uma chance, agora adornada  de muitos e muitos privilégios, revivendo a maternidade / paternidade,  regada com a seiva da maturidade.
As  ações dos avós não são em nada parecidas com as dos pais e assim a  concorrência inexiste. São impares. Também é impar o sentimento dos  netos por seus avós, essa figura gostosa, de colo macio sempre  disponível, de abraços sempre abertos, que mora em outra casa e chega  sempre cheia de emoção, de presentes, de historias, de disposição para  brincadeiras sem fim. 
E os netos chegam em uma época onde os limites impostos pelo envelhecimento despontam. É uma ?recompensa? deliciosa.
São  muitas e muitas oportunidades de reviver emoções, seja em um banho, em  um caminhar de mãos dadas, em uma brincadeira, em ler um livro de  história. Todas as ações dos avós são diferentes. Há uma relação de  encantamento onde as cobranças e limites são mínimos e o amor  imensurável, incondicional e cheio de cumplicidade. Os avós se permitem  ter orgulho de seus netos, sejam eles como forem.  
Nos  dias atuais, o papel dos avós vai muito além dos dengos e mimos. São os  grandes mestres do amor que colaboram na educação, que cuidam na  ausência dos pais, que sabem e têm paciência para procurar na internet  um vídeo interessante, que aprendem e memorizam os nomes estranhos dos  personagens dos desenhos animados, que se fortalecem fisicamente para as  brincadeiras exaustivas, entre tantas outras novas ações.
Eu  como avó, desejo nessa data agradecer às minhas filhas, aos meus genros  e principalmente aos meus netos, todas e inenarráveis e imensuráveis  emoções e alegrias vividas como avó. Estou avó, um estado impar e  maravilhoso.
O Dia dos Avós e o Dia dos Netos se confundem. Parabéns a esse binômio. 
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