Lenda de São Cristóvão
Um rei pagão em Canaã ou na Arábia, através das preces de sua esposa à Virgem Maria, teve um filho a quem batizou de Reprobus (Offerus), dedicando-o ao deus Apolo.[3] Adquirindo tamanho e força extraordinárias com o tempo, Reprobus resolveu servir apenas aos mais fortes e bravos.[3] Em sua busca por tais indivíduos, ele acabou servindo a um rei poderoso e a um indivíduo que alegava ser o próprio Satanás, mas acabou por achar que faltava coragem a ambos, uma vez que o primeiro temia o nome do diabo e o último se assustara com a visão de uma cruz na estrada.[3] Em seguida, ele encontra um eremita que lhe educou na fé cristã, batizando-o.[3] Reprobus se recusou a jejuar e a rezar para Cristo, mas aceitou a tarefa de ajudar as pessoas a atravessar um rio perigoso, no qual muitos haviam morrido ao tentar fazer a travessia.[3]Certo dia, Reprobus fez a travessia de uma criança que ficava cada vez mais pesada, de tal maneira que ele sentia como se o mundo inteiro estivesse sobre os seus ombros.[3] Após a travessia, a criança revelou ser o Criador e o Redentor do mundo.[3] Daí provém o nome Cristóvão, que significa "aquele que carrega Cristo".[1][2] Em seguida, a criança ordenou a Reprobus que fixasse seu bastão na terra.[3] Na manhã seguinte, apareceu no mesmo local uma exuberante palmeira.[3] Este milagre converteu muitos, despertando a fúria do rei da região.[3] Cristóvão foi preso e, depois de um martírio cruel, decapitado.[3]
A análise histórica das lendas de São Cristóvão sugere que Reprobus (Christóvão) viveu durante o período de perseguição aos cristãos do imperador Décio ou do imperador Diocleciano, e que ele foi capturado e martirizado pelo governador da Antioquia.[7] De acordo com o historiador David Woods, os restos mortais de Cristóvão foram possivelmente levados para Alexandria por Pedro I, onde teriam sido confundidos com os do mártir egípcio São Menas.[7]
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