quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quem ama o CRIADOR, ama sua criação!



MEU PÉ DE JABUTICABA!

Era uma vez um
pé de jabuticaba!
Que nasceu à
beira do caminho!
Além de sua beleza, enfeitar a estradinha de chão vermelho, ele ainda oferecia a quem
passasse por ali, seus frutos doces como mel!
Sua forma arredondada, suas folhas tão viçosas, o fazia destacar entre todas as outras
arvores, tornando ali, um ponto de encontro da criançada, ao retornar da
escola! Acompanhei sua primeira florada, contei os primeiros frutos que vingaram e o adotei como: MEU PÉ DE JABUTICABA! Era a árvore preferida dos passarinhos, para a construção dos seus ninhos! Talvez, por ele ser tão fechadinho e daí, oferecer mais segurança aos indefesos filhotinhos! Até o riacho quis lhe dar uma mãozinha, deixando desviar do seu leito, um filete de águas cristalinas irrigando-o noite e dia! Enquanto a natureza se encarrega de fazer a sua parte, o homem, na sua insensibilidade, destrói sem piedade, algo tão bonito e necessário a nossa vida! Um dia, ao retornar da escola, de longe não avistei o meu pé de jabuticaba! Com uma dor no coração, já podia imaginar a cena triste que estava a me esperar!
Estirado no caminho, lá estava o meu pé de jabuticaba! Com seus frutos ainda verdinhos, espalhados pelo chão! No seu tronco, ainda minava seiva, como lágrimas de dor! Um coleguinha da escola, percebendo a minha dor, com ternura me falou: Não chore, ele um dia
vai brotar! Quis me agarrar neste fio de esperança, pra minha dor aliviar, mas no fundo eu já sabia que ele nunca ia brotar! A mão que cortou o meu pé de jabuticaba, feriu profundamente meu coração, que até então, não conhecia a maldade humana, só conhecia o amor!
No lugar do meu pé de jabuticaba, só restou um vazio, nenhuma arvore quis ocupar o seu
lugar, talvez como protesto, para a todos alertar, que, aqui na terra, até a árvore, tem o
seu lugar!

Quem ama o
CRIADOR, ama sua criação!
Desde o homem
até o chão!
Sabe que no
mundo há lugar para todos!
Que não somos
donos de nada!
Que a vida
deve ser partilhada!
E a natureza
respeitada!

Olívia Coutinho.

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